O afastamento por vezes traz a clarividência, ou pelo menos assim parece.
Afastados conseguimos mais facilmente perceber se efectivamente sentimos a falta um do outro ou se a rotina se adapta à vida a sós.
O dia-a-dia tornou-se uma rotina sem sentido. Desde o acordar até ao deitar o objectivo era o de sobreviver a mais um dia, o de estar o mais ocupada possível e chegar a casa para dormir.
Dormi muito.
Pensei muito mas sobretudo não me permiti ir abaixo.
Imaginei esta nova vida, com os amigos e a família, sem o contexto do casal. Estranhei.
Mentalizei-me em cada dia que agora ía ser o momento do recomeço.
E quando estava a aceitar este facto eis que tu voltas, cheio de certezas sobre o nosso projecto de vida a dois, sobre o que sentias por mim...
Como é possível?
Como se muda assim de repente?
Insegurança, incerteza, uma fase dificil que não soubeste partilhar, disseste tu.
E agora estavas certo do que querias, de que me querias a mim e de que podiamos começar uma relação nova. Quiseste voltar a namorar comigo.
A medo...aceitei porque na realidade não tinha nada a perder.
No limite volto a sofrer ao passar de novo pelo sentimento de relação perdida mas se não for contigo não será com outro qualquer?
Afinal os últimos anos da minha vida foram dedicados a ti, a nós, aos nossos projectos.
Com as mágoas arrecadadas no sotão, disponiveis para o acumular do pó, recomeçamos.
Alianças de parte, nova vida começou.
Um fim de semana especial, de reaproximação, sem grandes expectativas mas onde nos permitimos voltar a amar.
Foi o arrancar de um novo ano, uma nova vida a dois...
Eu
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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